
"It's a terrible Love / That I'm walking with spiders" são os versos que iniciam High Violet, o mais recente trabalho discográfico dos The National. A saudade, o distante e o adeus parecem hoje, mais que nunca, presentes nas letras da banda norte-americana. O caminho vem-se escrevendo com acalmia. Os passos dados são tudo quanto contidos dentro de um pequeno embrulho. Caminho esse, desde Sad Songs for Dirty Lovers. Mas era Alligator, em 2005, que apelava ao futuro dos The National.
Em 5 anos e três discos foram lançados. O descontentamento e a tristeza cantados por alguém que o interpretava alegramente, descontraído e como se o mundo necessitasse de se sentir preparado para o ouvir. Os The National embrulham-se dentro de um ambiente obscuro, cinzento e sombrio, mas cantam num mar de euforias controladas pela esperança e pelo amanhã. Mais que no passado, o presente destes nova-iorquinos é feito de mágoas e distanciamentos emocionais.
Depois de Boxer - disco que proporcionou à banda momentos felizes no panorama musical indie, High Violet era encarado como um duro teste à capacidade de Matt Berninger e companhia, encararem todos os bons elogios recebidos no passado. High Violet é, em muitos aspectos, superior ao seu antecessor. Desde o ambiente que rodeia o disco a melodias que nos fazem transpô-lo sem grandes dificuldades. Noutros, Boxer é claramente superior! Não se perde pelo meio, muito pelo contrário, vai crescendo à medida que o vamos ouvindo. Este novo disco dos The National é descontinuado no seu todo, onde certas quebras fazem dele vulnerável a trabalhos mais sólidos da banda.
A voz grave e dura de Matt Berninger faz-se conscienciosa em "Terrible Love", mas magoada em "Sorrow" - os dois primeiros pontos que elevam High Violet a um disco que, apesar de idêntico na sua alma aos seus anteriores, distinto na maneira como o transmite. "Lemonworld" relembra as similaridades com Boxer; o arrependimento e o pedido de perdão fazem das palavras de Berninger a única forma de viver em "Conversation 16". O piano a delimitar o distante e a procura de alguém em "England" e "All the very best of us / String ourselves up for the" de "Vanderlyde Crybaby Geeks" marca a esperança de um futuro melhor para os The National.
High Violet acaba da mesma maneira como se inicia. Dentro da sua embalagem, cantando apenas para eles como se o mundo em redor não interessasse. Os The National são rodeados por nébulas confusas e perturbadas mas preenchidos pelo desejo de um amanhã sem nuvens, e quando o cantam, fazem-no melhor que ninguém. Apesar de inferior, mais austral e ambicioso que Boxer.
4/5
Em 5 anos e três discos foram lançados. O descontentamento e a tristeza cantados por alguém que o interpretava alegramente, descontraído e como se o mundo necessitasse de se sentir preparado para o ouvir. Os The National embrulham-se dentro de um ambiente obscuro, cinzento e sombrio, mas cantam num mar de euforias controladas pela esperança e pelo amanhã. Mais que no passado, o presente destes nova-iorquinos é feito de mágoas e distanciamentos emocionais.
Depois de Boxer - disco que proporcionou à banda momentos felizes no panorama musical indie, High Violet era encarado como um duro teste à capacidade de Matt Berninger e companhia, encararem todos os bons elogios recebidos no passado. High Violet é, em muitos aspectos, superior ao seu antecessor. Desde o ambiente que rodeia o disco a melodias que nos fazem transpô-lo sem grandes dificuldades. Noutros, Boxer é claramente superior! Não se perde pelo meio, muito pelo contrário, vai crescendo à medida que o vamos ouvindo. Este novo disco dos The National é descontinuado no seu todo, onde certas quebras fazem dele vulnerável a trabalhos mais sólidos da banda.
A voz grave e dura de Matt Berninger faz-se conscienciosa em "Terrible Love", mas magoada em "Sorrow" - os dois primeiros pontos que elevam High Violet a um disco que, apesar de idêntico na sua alma aos seus anteriores, distinto na maneira como o transmite. "Lemonworld" relembra as similaridades com Boxer; o arrependimento e o pedido de perdão fazem das palavras de Berninger a única forma de viver em "Conversation 16". O piano a delimitar o distante e a procura de alguém em "England" e "All the very best of us / String ourselves up for the" de "Vanderlyde Crybaby Geeks" marca a esperança de um futuro melhor para os The National.
High Violet acaba da mesma maneira como se inicia. Dentro da sua embalagem, cantando apenas para eles como se o mundo em redor não interessasse. Os The National são rodeados por nébulas confusas e perturbadas mas preenchidos pelo desejo de um amanhã sem nuvens, e quando o cantam, fazem-no melhor que ninguém. Apesar de inferior, mais austral e ambicioso que Boxer.
4/5
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