quarta-feira, 23 de junho de 2010

INTERPOL "LIGHTS"


Os Interpol, banda que começou post-punk e virou rock em três álbuns, tem como objectivo continuar a mostrar trabalho ainda este ano. O seu novo álbum vai ter como nome Interpol. A primeira música mostrada há uns tempos atrás foi "Lights", mas só agora surge o seu vídeo oficial.

Talvez aproveitando as boas críticas e a boa recepção por parte dos fãs no que toca ao rock ambiental de cariz obscuro mostrado em "Pionner to the Falls" por exemplo - música de abertura de Our Love to Admire - os Interpol vêm agora desenvolver um pouco mais essa vertente nesta nova música, e quem sabe neste próximo disco. Ficamos à espera de mais novidades sobre o trabalho a ser lançado em Setembro.


5 comentários:

Marco Almeida disse...

Olha que o Our Love to Admire não foi lá muito bem recebido, bem pelo contrário :P Eu até gostei muito do disco, e tem uma das minhas músicas favoritas, mas foi graças a esse terceiro disco que a banda decidiu fazer uma pausa porque até eles tiveram noção que não fizeram um bom trabalho digno de um Turn on the Bright Lights ou de Antics.

Mas este Interpol (agora é que se lembraram de ter um disco homónimo) parece estar fantástico! Já as outras duas músicas que se puderam ouvir estão muito boas. Eu cá aguardo ansiosamente pelo quarto disco da minha banda favorita (acima desta, estavam apenas os New Order mas esses já lá vão e o novo trabalho do Bernard Sumner e Phil Cunningham não me agradou nada, por isso os Interpol são agora a banda de topo! eheheh)

Alexandre Pereira disse...

Sim, como álbum ficou muito aquém das expectativas dos fãs, nomeadamente depois de um Turn On The Bright Lights mesmo muito bom.

Mas apesar de alguma desilusão, algumas das músicas que vieram apresentar um novo estilo - mais ambiental e mais rock - tiveram críticas mais positivas.

Quanto ao novo, só ouvi mesmo a nova, mas estou a contar igualmente com bom disco por parte da banda :P

Abraço

Marco Almeida disse...

No geral, nada do Our Love to Admire teve críticas positivas :P Elas existiram sim, mas nem essas falam totalmente bem do disco. O Antics é aquele que melhor foi recebido, foi o auge dos três discos, e o TOTBL foi um começo explosivo (melhorado, como já disse, pelo Antics), mas o Our Love to Admire desceu bastante o "prestígio" que a banda tem perante a crítica. Foi como se chegassem ao terceiro e não tivessem mais nada a oferecer. Basicamente, parecia estarmos perante os restos que não couberam nos discos anteriores mas com arranjos mais pobres.

Para os fãs, é normal que seja bem aceite, por isso mesmo é que são fãs :P Eu aceitei lindamente e adoro grande parte do disco, infelizmente tenho de concordar com a crítica generalizada porque eles têm muita razão no que dizem (mas não é por isso que deixo de gostar lol)

Eis uma visão geral...

"Our Love to Admire is the perfect soundtrack for an eighth grade dance, but for actual adults who know better, it’s best to avoid this mess."

"The psych guitar closing "The Scale" and "Mammoth" work well, but Our Love to Admire could use more Carlos D.'s low-end bass/keyboard flourishes. Perhaps it's time to turn the lights out."

"Crucially, it seems their ability to write a magisterially moving song such as "NYC" or "Obstacle No 1", both from their debut, seems to have abandoned them. In fairness, sonically speaking, this is their best effort yet."

"Here's the solid, understated third album that digs in without trying to break new ground."

"Admire finds the band's balance shifting significantly; the rhythm players often seem more like glorified session men than integral components of a sleek post-punk machine."

"Interpol's third LP sounds more or less like the last two, and that's its biggest problem."

"On Our Love to Admire that world-weariness goes from strikingly haunting to fairly monotonous."

"When it works, it's undoubtedly impressive: impressive enough, in fact, to counter the fact that Interpol are pretty light on ideas of their own."

Presos no passado, falta-lhes boas letras, sonoridade monótona e apagada, falta de ideias, enfim, isso é algo facilmente verificável nos dois discos anteriores. Existiu uma clara evolução do primeiro para o segundo, amadureceram, e no terceiro parece que não se preocuparam sequer em manter-se maduros ou simplesmente quiseram ficar "crianças" para sempre. Mas muitos falam também de como algumas músicas se escapam, o problema está no desequilíbrio e na reduzida tentativa em alterar isso ou sequer evoluir.

Then again, continuo a adorar cada segundo do terceiro disco :P Hoje na rotina dos transportes foi-me possível correr a discografia toda deles, ou quase toda, e não podia ter adorado mais cada segundo, mas não podia estar mais ansioso por os ver dar novamente um salto que surpreendesse tudo e todos!

Alexandre Pereira disse...

Compreendo perfeitamente o que dizes e já agora obrigado pelos pequenos excertos que pude ler sobre o disco ;)

Mas acho que a crítica especializada, apesar de poder ter alguma razão se calhar também não viu que os Interpol poderiam estar numa fase de renovação do seu estilo, e a partir daí os erros cometidos vão aumentar. Our Love to Admire pode ser inferior mas tem que se dar sempre algum benefício, e ao que parece com este disco estão mais concisos e podem muito bem ter acabado aquela fase de renovação que começaram no passado, e esperemos nós que os erros sejam menores :P

Continuação

Marco Almeida disse...

A critica não tem de estar atenta ao que eles andaram a fazer, têm é de estar atenta ao trabalho que lançaram :P No final, é isso que interessa, o produto acabado, que é aquele que chega ao público. Podem ter tentado muita coisa, podem até nem ter tentado nada, mas se o final é mau, não há volta a dar :P É isso que eles têm de analisar e não todo o caminho que existiu até chegarem ao disco em si.