
O terceiro e mais recente álbum dos Arctic Monkeys tem sido aquele que tem passado mais tempo a meu lado. A principal razão é de ser dos discos mais difíceis de ouvir que tenho encontrado nestes últimos tempos - não sendo propriamente um aspecto negativo.
Hambug é, sem margem para dúvidas, um afastar do borbulhar adolescente, dos ritmos alucinantes e dos saltos compulsivos que faziam parte do reportório dos últimos dois trabalhos da banda britânica.
Temos agora um pensar consciente, ambientes mais secos e densos, uma etiqueta de adulto estampado na capa, a influência do projecto paralelo de Alex Turner - The Last Shadow Puppets, e de um homem que traz consigo o desvario e o indulgente na bagagem. Hambug nota trazer Josh Homme como seu produtor. A essência do cantor e guitarrista está presente, desde melodias, sons ambientes a solos controlados pela fúria. O que é por si só um ponto muito a favor!
O disco começa de forma controlada, de melodias dadas ao deserto com "My Propeller" e "The Crying Lightning" a oferecerem-nos uma grande abertura. A segunda música é mesmo das melhores de todo o disco. As baladas fazem ainda presença com "Secret Door" ou "Cornerstone". Em seguida vem "Dance Little Liar", mais uma vez sem descontroles desnecessários e abusivos em testosterona, com riffs pseudo-esquizofrénicos e coros a lembrar The Last Shadow Puppets.
Hambug é um disco coeso, sendo a sua melhor arma. Os Arctic Monkeys não se repetem, reformulam-se. Inovam mas sem entrarem por caminhos extravagantes e perigosos. E assim, vamos continuar a segui-los bem de perto pois mostraram que não foram apenas uma banda hype vinda do fenómeno Myspace, e que não são apenas uns miúdos britânicos a oferecerem música para adolescentes efervescentes - apesar de o fazerem melhor que ninguém. Continuam a surpreender, deixando-nos impacientes por novos projectos.
4/5
Hambug é, sem margem para dúvidas, um afastar do borbulhar adolescente, dos ritmos alucinantes e dos saltos compulsivos que faziam parte do reportório dos últimos dois trabalhos da banda britânica.
Temos agora um pensar consciente, ambientes mais secos e densos, uma etiqueta de adulto estampado na capa, a influência do projecto paralelo de Alex Turner - The Last Shadow Puppets, e de um homem que traz consigo o desvario e o indulgente na bagagem. Hambug nota trazer Josh Homme como seu produtor. A essência do cantor e guitarrista está presente, desde melodias, sons ambientes a solos controlados pela fúria. O que é por si só um ponto muito a favor!
O disco começa de forma controlada, de melodias dadas ao deserto com "My Propeller" e "The Crying Lightning" a oferecerem-nos uma grande abertura. A segunda música é mesmo das melhores de todo o disco. As baladas fazem ainda presença com "Secret Door" ou "Cornerstone". Em seguida vem "Dance Little Liar", mais uma vez sem descontroles desnecessários e abusivos em testosterona, com riffs pseudo-esquizofrénicos e coros a lembrar The Last Shadow Puppets.
Hambug é um disco coeso, sendo a sua melhor arma. Os Arctic Monkeys não se repetem, reformulam-se. Inovam mas sem entrarem por caminhos extravagantes e perigosos. E assim, vamos continuar a segui-los bem de perto pois mostraram que não foram apenas uma banda hype vinda do fenómeno Myspace, e que não são apenas uns miúdos britânicos a oferecerem música para adolescentes efervescentes - apesar de o fazerem melhor que ninguém. Continuam a surpreender, deixando-nos impacientes por novos projectos.
4/5
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